Histórico da Pinacoteca

A Pinacoteca do Estado – o museu mais antigo da cidade – foi criada pelo Governo de São Paulo e inaugurada no dia 24 de dezembro de 1905, com o intuito de funcionar como uma galeria de pinturas atrelada à instituição privada Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (LAOSP).

O prédio, que inicialmente é projetado para abrigar o LAOSP, começou a ser construído em 1896 e, em 1900 fica parcialmente pronto. Criado por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi, o local ganhou uma arquitetura predominantemente neoclássica (após a reforma nos anos 90, a criação contemporânea agrega-se à original). Instalada em uma única sala no segundo andar, a Pinacoteca contava com um acervo de apenas vinte e seis pinturas transferidas do antigo Museu Paulista (hoje Museu do Estado).

Em 1911, a Pinacoteca se torna um órgão autônomo e passa a ter existência jurídica, através da lei que permitiu ao Estado preservar o conjunto artístico, definindo-a com diretrizes de um museu estatal. Nesta época, a Pinacoteca realizou diversas aquisições, focando na arte brasileira do século XIX. Durante a década de 20, a Pinacoteca abre as portas para os modernistas e começa a adquirir obras de Victor Brecheret, Anita Malfatti, Lasar Segall e Tarsila do Amaral. Nos anos 30, o museu incorpora uma obra de Candido Portinari.

No mesmo período, a Pinacoteca passa por momentos críticos ao ser interditada para virar alojamento militar em 1930 e dois anos depois ocupada pelos revolucionários durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Após os conflitos, o espaço que até então era a escola se transformou na Faculdade de Belas Artes que funcionou até a década de 80. Quando decidiram que a faculdade se tornaria um museu, grandes reformas foram feitas para o lugar se tornar adequado para as obras de arte. Hoje, o prédio da Pinacoteca não pode sofrer nenhum tipo de reforma.

Desde 1990, uma política de ampliação do acervo deu prioridade ao preenchimento de alguns claros históricos, e houve crescente valorização da coleção de esculturas. A Pinacoteca abriga cerca de sete mil obras, a única na cidade a abrigar conjunto significativo da arte brasileira dos séculos XIX e XX.